MORENO BRANDÃO
Nascido em Pão de Açúcar, no dia 14 de setembro de 1875, “num casarão amigo, ao pé da igreja”, Francisco Henrique Moreno Brandão era filho de Félix Moreno Brandão e de Maria Aguiar Moreno Brandão. Era sobrinho em segundo grau de Euclides Malta.
Moreno Brandão falava fluentemente francês, inglês, italiano e espanhol. Tinha uma biblioteca de três mil e quinhentos volumes. Com 63 anos, adoeceu e passou vários meses sofrendo até que faleceu no dia 27 de agosto de 1938, em sua residência na Rua Aristeu de Andrade, nº 377, no bairro do Farol.
Destacou-se também como jornalista, poeta, romancista e historiador, sendo eleito Deputado Estadual na legislatura de 1921 a 1924. Era sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas e membro da Academia Alagoana de Letras. Foi ainda presidente, a partir de agosto de 1931, da Associação Alagoana de Imprensa.
Autor de vasta obra literária, legou à posteridade dezenas de livros. Aposentou-se no dia 19 de agosto de 1931.
Os primeiros estudos de Moreno Brandão foram ainda em Pão de Açúcar com o mestre Jovino da Luz. Depois, em 1887, já em Penedo, iniciou o curso de humanidades no Colégio São José.
Biografia parcialmente extraída de https://www.historiadealagoas.com.br/
AVELAR, Romeu de. Coletânea de poetas alagoanos. Rio de Janeiro: Edições Minerva, 1959. 286 p. ilus. 15,5x23 cm. Exemplar encadernado. Bibl. Antonio Miranda
NUNCI
Eras a névoa flutuante
Sobre alcantis sequiosos,
Que, em dias claros, formosos,
O sol desfaz num instante.
Eras dos bosques frondosos
O pálio rumorejante,
Acolhendo o viajante
Em movimentos piedosos.
Agora és brando perfume,
Que vem de vergéis remotos,
Balsamizar o caminho.
Tua memória resume
A raridade do lótus
E a maciez de um carinho.
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Página publicada em junho de 2021
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